terça-feira, 1 de setembro de 2009

O Diploma e a Função Social do Jornalista

Foto: Flávia cristina

O Diploma e a Função Social do Jornalísta

No último dia 17 de junho, o Supremo Tribunal Federal decidiu, por oito votos a um, que, para o exercício da profissão de jornalista, não é mais obrigatório o diploma de curso superior de Jornalismo. Chamam a atenção os argumentos do ministro Gilmar Mendes, relator do Recurso extraordinário nº 511.961, no qual descutiu-se a constutucionalidade da exigência do diploma.
Diante da intenção de demonstrar que o jornalismo não é uma profissão e, portanto, não precisa ser regulamentado, dois argumentos foram utilizados fortemente pelo relator. No primeiro, defendeu que a exigência do diploma coloca em risco a liberdade de "expressão" e "informação". O segundo argumento parte do pressuposto de que o jornalismo não exige técnicas específicas que só poderiam ser aprendidas em uma faculdade.
profissional. Segundo o jornalista Alberto Dines, com 50 anos de atuação, uma sociedade sem as atividades cruciais do jornalismo seria
uma sociedade perdida, apática, visto que "os jornalistas marcam o tempo, verdadeiros ritmistas, mas ao contrário dos relojeiros lidam com um tempo que não jorra contínuo. Essa tarefa deve seguir princípios éticos e procedimentos técnicos imprescindíveis à prática profissional, de modo a garantir, efetivamente, a qualidade da informação. Portanto, não é fruto apenas da aptidão e do talento, é tarefa que precisa ser ensinada e aprendida. E buscar continuamente o aperfeiçoamento de uma prática é, em si, uma atitude essencialmente profissional.
Por entender que este é um debate da sociedade como um todo e não apenas de nós jornalistas, o Jornal UFG divulgou este artigo, para que os leitores possam também participar da discussão e, se desejarem, expressar livremente as suas opiniões, visto que esse direito é inerente a condição humana.


Fonte: Jornal UFG

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